Uma professora, que não teve a sua identidade revelada, foi vítima de uma agressão durante uma abordagem policial em São Luís. O caso foi registrado na última quinta-feira (7), mas as imagens só foram divulgadas nas redes sociais nesta semana
Segundo a professora, ela, o marido e alguns amigos estavam retornando de uma pescaria, no bairro Cruzeiro de Santa Bárbara, na capital, quando foram abordados por três policiais da Ronda Ostensiva Tática Metropolitana (ROTAM), que deram ordem de parada ao marido dela alegando que ele estava em alta velocidade e que por conta disso ele iria ser preso.
“Estava vindo da pescaria com meu esposo e alguns amigos. Fomos abordados por um carro da ROTAM, desceram três policiais e meu marido desceu e o policial já foi dizendo ao meu marido que ele vinha em alta velocidade, estava alcoolizado. Meu marido desceu e eu fiquei dentro do carro”, relata a professora.
Durante a abordagem policial, a professora pegou o aparelho celular para gravar a cena, pois, de acordo com ela, os policiais estavam agindo de forma grosseira. “Aí no momento que eu percebi que os policiais já estavam agindo com agressão, botando o braço do meu marido pra trás com força e deram um ‘goelão’ no pescoço dele e aí eu comecei a gravar”.
Diante disso, um dos policiais se aproximou e gritou com ela mandando que desligasse o celular. Assustada, a professora gritou por socorro, quando foi agredida novamente com dois tapas. Após o ocorrido, ela registrou um boletim de ocorrência.
“O outro policial veio pro meu lado e começou a gritar comigo, mandando eu desligar meu celular, pra dar meu celular pra ele e eu falei que não dava. Aí eu desci do carro e no momento que eu desci do carro, veio outro policial me deu um bogue na minha boca e eu caí no chão. Corri numa casa gritando, pedindo socorro. Aí ele foi e me deu outro tapa no pé do meu ouvido e eu caí no chão. Um dos amigos que estava com a gente disse ‘não bate nela que ela é mulher’. Ele foi, deu dois tapas e deu um tiro. De lá fomos para a delegacia, registrei uma ocorrência e estou aqui pedindo por justiça”, conta a professora.
Sobre o caso, a Secretaria de Segurança Pública do Maranhão (SSP-MA) informou, por meio de nota, que já determinou a imediata apuração do fato e todas as providências legais estão sendo adotadas.
A nota disse, ainda, que a Polícia Militar do Maranhão (PMMA) já instaurou sindicância para investigação da conduta do agente, que foi afastado das funções de rua até a conclusão do processo.
Por fim, a nota da SSP destacou que cumpre suas atribuições constitucionais de polícia preventiva e ostensiva, alicerçadas em princípios de preservação da vida e respeito aos direitos humanos e não coaduna com ações que maculem a imagem da corporação.
Leia a íntegra da nota
“A Secretaria de Segurança Pública do Maranhão (SSP-MA) informa que já determinou a imediata apuração do fato e todas as providências legais estão sendo adotadas. Ressalta, ainda, que a Polícia Militar do Maranhão (PMMA) já instaurou sindicância para investigação da conduta do agente, que foi afastado das funções de rua até a conclusão do processo interno. Por fim, a Polícia Militar destaca que cumpre suas atribuições constitucionais de polícia preventiva e ostensiva, alicerçadas em princípios de preservação da vida e respeito aos direitos humanos e não coaduna com ações que maculem a imagem da corporação”.