Uma mãe denunciou que uma professora mandou diversos alunos agredirem seu filho de 12 anos dentro de uma sala de aula de uma escola localizada em Palmeira do Piauí, 570 km ao Sul de Teresina. O caso aconteceu na manhã da última sexta-feira (20).
O caso está sendo investigado pela Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher e aos Grupos Vulneráveis da Polícia Civil do Piauí (PCPI) em Bom Jesus.
Segundo a delegada Roane Melo, a investigação aguarda os resultados do exame de corpo e delito e intimará os envolvidos para prestarem depoimento.
O g1 tentou entrar em contato com a direção da escola e com a Secretária de Educação do Município, mas não recebeu respostas até a última atualização desta reportagem. O Conselho Tutelar de Palmeira do Piauí também foi procurado e informou que não vai se manifestar sobre o caso.
Em entrevista ao g1, a mãe do garoto relatou que soube das agressões pelo filho, que chegou chorando em casa. Segundo ele, uma professora disse que ele estava “bagunçando demais” e que os outros meninos poderiam bater nele “de leve”.
Então, segundo o relato do menino à mãe, vários alunos o agrediram com socos e tapas. Ainda conforme o garoto, a professora ria enquanto as agressões aconteciam. “O que mais me dói é que ele disse que ela ria. Ela ria enquanto ele era agredido”, desabafou a mãe.
A mulher contou que as agressões aconteceram no meio do turno das atividades escolares e que o filho informou ter ficado chorando pelos corredores da escola até o fim das aulas.
“Eu tenho certeza que viram ele chorando e não fizeram nada. A escola deveria ser feita para proteger e educar, mas eles não se importam com nada”, declarou a mãe.
Quando voltou para casa, na zona rural da cidade, o menino estava chorando, reclamando de dores, sofrendo náusea e vomitando. Ele foi levado pela mãe a uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA). Em seguida, ela decidiu registrar um boletim de ocorrência sobre o caso.
A mulher disse que o filho está traumatizado, se sente sozinho e não quer ir mais para a escola. “Como que isso aconteceu dentro de uma escola? Como que uma professora fez isso? Meu coração de mãe está partido, mas, por meu filho, quero justiça”, disse.