O governador do Piauí, Rafael Fonteles (PT), enfrenta um momento de crescente pressão e descontentamento popular, refletido em uma campanha que vem ganhando força nas redes sociais. A gestão de Fonteles tem sido alvo de duras críticas, especialmente devido à percepção de que seu governo não tem alcançado resultados expressivos. Muitos apontam para uma postura arrogante e centralizadora, o que estaria minando o debate público e a livre manifestação de ideias no estado.
Além disso, Fonteles é acusado de se distanciar das funções de governador para se envolver em campanhas políticas, o que tem alimentado um movimento contrário à sua reeleição, marcada para daqui a dois anos. Entre seus críticos estão até movimentos sindicais que historicamente apoiaram o Partido dos Trabalhadores (PT), revelando uma ruptura significativa no apoio tradicional ao atual governo.
Em dezembro deste ano, Regina Sousa, representante de uma ala mais tradicional do PT, deixará o governo, o que pode intensificar o isolamento de Fonteles dentro do partido. Há também indícios de que a relação entre o governador e seu padrinho político, o ex-governador Wellington Dias, está abalada, especialmente após as derrotas do partido nas eleições municipais de 2024. Fonteles perdeu o apoio em cidades estratégicas, com as vitórias petistas ocorrendo sem sua participação ativa, o que contribui para sua posição política fragilizada.
Outra fonte de insatisfação popular são as frequentes viagens internacionais realizadas pelo governador, que, segundo opositores, não trouxeram benefícios claros ao estado. Essas viagens também têm sido criticadas pela falta de transparência.
Entre os episódios mais controversos de sua gestão está a inauguração do Porto de Luís Correia, em dezembro de 2023, que, apesar de ter sido celebrada com um grande evento musical com Wesley Safadão, ainda não resultou em atividades portuárias concretas, já que até o momento nenhum navio atracou no local.
Com a campanha “O Piauí não quer Rafael de novo” ganhando força, o futuro político de Fonteles se mostra cada vez mais incerto. A insatisfação crescente e as acusações de controle da imprensa e má gestão contribuem para um cenário de fragilidade, colocando sua possível reeleição em xeque.
Redação: Gabriela Alves